O que são Livros Apócrifos? 5 mais Vendidos na Amazon
Livros apócrifos são textos religiosos ou históricos que não foram incluídos no cânone oficial das Escrituras, seja na Bíblia hebraica, na Bíblia cristã, ou em outras coleções de textos sagrados.
A palavra “apócrifo” vem do grego apokryphos, que significa “oculto” ou “escondido”, sugerindo que esses textos eram conhecidos por um grupo seleto ou eram considerados secretos.
Aqui estão algumas características dos livros apócrifos:
- Origem e Contexto: Muitas obras apócrifas foram escritas entre os séculos III a.C. e II d.C. Algumas apresentam temas e histórias semelhantes aos livros canônicos, mas com detalhes adicionais, interpretações alternativas ou relatos que, às vezes, são contraditórios.
- Aceitação e Cânon: Diferentes tradições religiosas têm atitudes variadas em relação aos apócrifos. A Igreja Católica, por exemplo, inclui alguns desses livros no Antigo Testamento (chamados deuterocanônicos), como o Livro de Tobias, Judite, Sabedoria e Eclesiástico, que são excluídos pela maioria das denominações protestantes.
- Livros Apócrifos Cristãos: No cristianismo, existem também apócrifos do Novo Testamento, como o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Maria Madalena, o Evangelho de Pedro, entre outros. Esses textos apresentam relatos adicionais sobre Jesus e os apóstolos, mas não foram incluídos no Novo Testamento oficial.
- Propósitos e Influência: Apesar de não serem considerados inspirados ou canônicos, muitos livros apócrifos oferecem informações históricas, culturais e religiosas que enriquecem o entendimento do contexto da época e das crenças antigas.
Índice
5 Livros Apócrifos mais vendidos no Brasil pela Amazon
Atualmente, alguns dos livros apócrifos mais vendidos no Brasil na Amazon incluem:
- Bíblia Apologética com Apócrifos – Neutra: uma versão que inclui textos apócrifos, popular entre leitores interessados em abordagens teológicas amplas
- Almeida, João Ferreira de (Author)
- 1860 Pages - 01/10/2022 (Publication Date) - Geográfica Editora (Publisher)
- Livro Apócrifo dos Jubileus: explorado por quem busca textos sobre a história antiga de Israel
- Anónimo (Author)
- O Primeiro Livro de Adão e Eva: oferece narrativas paralelas ao Gênesis
- Anónimo (Author)
- O Livro dos Justos: explora a linhagem e eventos dos patriarcas.
- Apocrifo. O Livro Dos Justos (Author)
- 344 Pages - 03/28/2022 (Publication Date) - Clube de Autores (Publisher)
- Coleção Cristianismo Primitivo em Debate: uma coletânea comentada de apócrifos.
- Não Se Aplica (Author)
- 1958 Pages - 02/10/2020 (Publication Date) - Fonte Editorial (Publisher)
Esses livros são procurados por leitores interessados em história bíblica e textos religiosos alternativos.
Quantos livros apócrifos existem?
O número de livros apócrifos conhecidos é vasto e pode ser difícil de definir com precisão, pois há muitos textos que surgiram em diferentes épocas e contextos. Existem centenas de obras que são consideradas apócrifas, especialmente quando se incluem todas as tradições e textos religiosos antigos, como os do judaísmo, cristianismo primitivo, e os textos gnósticos.
Alguns exemplos incluem:
- Apócrifos do Antigo Testamento: Cerca de 15 livros são mais conhecidos, incluindo Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1 e 2 Macabeus, entre outros.
- Textos cristãos apócrifos: O Novo Testamento tem dezenas de evangelhos e epístolas apócrifas, como o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Maria Madalena, Atos de Pedro, Epístola de Barnabé, entre outros.
- Textos gnósticos e de Qumran: Os Manuscritos do Mar Morto, por exemplo, incluem diversos livros apócrifos e fragmentos que exploram tradições judaicas antigas, como o Livro de Enoque e o Livro dos Jubileus.
Os números variam, mas alguns especialistas apontam para pelo menos 100 textos conhecidos, e a lista continua crescendo à medida que manuscritos antigos são descobertos. Cada tradição religiosa define seu cânon de modo específico, o que impacta quais apócrifos são reconhecidos como relevantes.
Por que não foram incluídos na Bíblia?
Muitos desses textos foram excluídos porque, segundo teólogos e estudiosos, possuíam características ou ensinamentos inconsistentes com os textos canônicos ou eram atribuídos a autores desconhecidos ou pseudônimos.
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Quais são os 7 livros apócrifos mais conhecidos?
Aqui estão sete dos livros apócrifos mais conhecidos, especialmente no contexto judaico e cristão:
- Livro de Enoque
- Evangelho de Tomé
- Evangelho de Judas
- 1 e 2 Macabeus
- Sabedoria de Salomão
- Evangelho de Maria Madalena
- Livro de Tobias
Livro de Enoque
Conhecido por suas descrições de anjos caídos e visões apocalípticas, é influente tanto na tradição judaica quanto no cristianismo primitivo.
- O Livro De Enoque
- John Carth (Author)
- 246 Pages - 09/14/2020 (Publication Date) - Clube de Autores (Publisher)
Evangelho de Tomé
Contém uma coleção de ditos atribuídos a Jesus e é valorizado em tradições gnósticas. Ao invés de narrar a vida de Jesus, ele foca em ensinamentos e parábolas.
- Leloup, Jean-Yves (Author)
- 224 Pages - 01/01/2012 (Publication Date) - Editora Vozes (Publisher)
Evangelho de Judas
Um texto gnóstico que apresenta Judas Iscariotes sob uma luz diferente, retratando-o como alguém que ajudou Jesus a cumprir seu destino.
- José Lázaro Boberg (Author)
- 208 Pages - 12/30/2013 (Publication Date) - EME (Publisher)
1 e 2 Macabeus
Narram a resistência judaica contra a opressão helenística e a restauração do Templo em Jerusalém, sendo populares na tradição católica e ortodoxa.
- Cigana Publicações (Author)
- 200 Pages - 07/12/2021 (Publication Date) - Clube de Autores (Publisher)
Sabedoria de Salomão
Livro de ensinamentos que se assemelha a provérbios, incluindo conselhos sobre moralidade e sabedoria.
- Leloup, Jean-Yves (Author)
- 184 Pages - 05/27/2019 (Publication Date) - Editora Vozes (Publisher)
Evangelho de Maria Madalena
Atribuído a Maria Madalena, este texto destaca sua relação próxima com Jesus e apresenta ensinamentos espirituais incomuns para o cânon bíblico.
- José Lázaro Boberg (Author)
- 256 Pages - 07/31/2017 (Publication Date) - EME (Publisher)
Livro de Tobias
Conta a história de Tobias e sua jornada cheia de ensinamentos religiosos e morais, especialmente sobre família e fé.
- Scott Hahn (Author)
- 200 Pages - 06/24/2024 (Publication Date) - Ecclesiae (Publisher)
Os livros apócrifos são lidos ou usados em cerimônias religiosas?
Algumas tradições religiosas, como a Igreja Católica e a Ortodoxa, incluem certos livros apócrifos em suas Bíblias, embora nem todos esses textos sejam usados regularmente em cerimônias.
Esses livros podem ser lidos por cristãos?
A leitura é permitida, mas a interpretação varia; para muitos, esses textos servem mais como uma fonte de estudo e reflexão histórica do que para orientação espiritual direta.
Qual é a diferença entre os livros apócrifos e os deuterocanônicos?
Livros deuterocanônicos são apócrifos aceitos pela Igreja Católica e incluídos na sua Bíblia, como Tobias e Sabedoria, enquanto os apócrifos em geral não são aceitos por todas as tradições religiosas.
Os livros apócrifos são inspirados por Deus?
Esta é uma questão de crença e doutrina. A maioria dos grupos protestantes não considera os livros apócrifos como inspirados, enquanto algumas tradições, como a católica, reconhecem determinados livros apócrifos como inspirados e, portanto, legítimos.
Essas dúvidas são comuns entre estudiosos e leitores que buscam entender o papel desses textos dentro das tradições religiosas e históricas.
Os livros Apócrifos têm valor histórico?
Relevância Histórica dos Livros Apócrifos
Os livros apócrifos possuem valor histórico significativo, oferecendo visões alternativas, práticas e crenças religiosas dos primeiros séculos da era comum. Esses livros religiosos não canônicos, escritos entre os séculos III a.C. e II d.C., trazem perspectivas valiosas sobre o judaísmo antigo e o cristianismo primitivo, ajudando a compreender como esses grupos interpretavam temas centrais como o papel dos anjos, a ressurreição e a vida após a morte.
O Livro de Enoque, por exemplo, amplamente respeitado na tradição judaica, descreve a hierarquia dos anjos e o conceito de “anjos caídos” (Enoque 6-16), que foram posteriormente incorporados em doutrinas cristãs sobre demônios e pecado original.
Esse texto revela crenças antigas e contribui para o entendimento do que se passava no pensamento religioso dos judeus entre os séculos II e I a.C., refletindo a atmosfera apocalíptica e os desafios culturais da época.
Outro exemplo relevante é o Livro de Tobias, que explora temas de virtude e piedade em um contexto de exílio, dando uma perspectiva detalhada sobre a espiritualidade e os valores dos judeus na diáspora.
Esse e outros livros apócrifos eram populares e frequentemente lidos nos primeiros séculos do cristianismo, chegando a ser adotados em alguns cânones religiosos, como o da Igreja Católica e o da Igreja Ortodoxa, onde são chamados de livros deuterocanônicos.
Esses textos foram incorporados nessas tradições religiosas por seu valor espiritual e histórico, mesmo não estando no cânone bíblico protestante.
Debates Teológicos Sobre os Apócrifos
Os debates teológicos sobre os livros apócrifos são intensos, principalmente por causa das divergências quanto à inclusão desses textos no cânone das Escrituras.
A inclusão ou exclusão de certos livros gerou divisões profundas entre as tradições religiosas judaica, católica, ortodoxa e protestante.
A questão central é se esses textos, considerados “não canônicos” por algumas denominações, podem ser vistos como inspirados por Deus e dignos de orientação espiritual.
No cristianismo, o Concílio de Trento (1545-1563) foi um marco importante, quando a Igreja Católica oficializou os livros deuterocanônicos como parte do Antigo Testamento católico.
Em contrapartida, reformadores protestantes, como Martinho Lutero, defendiam que esses textos eram valiosos para estudos, mas não inspirados, excluindo-os do cânone protestante.
Esse debate sobre quais livros são verdadeiramente inspirados e quais não são ajudou a definir o que cada denominação considera como Escritura Sagrada.
Os apócrifos do Novo Testamento, como o Evangelho de Tomé e o Evangelho de Judas, também levantam questões teológicas complexas sobre a natureza e o papel de Jesus.
O Evangelho de Tomé, por exemplo, compila ditos atribuídos a Jesus sem narrar eventos de sua vida, oferecendo uma visão que difere dos evangelhos canônicos.
Esses e outros textos apócrifos são frequentemente associados ao gnosticismo, um movimento que valorizava o conhecimento secreto e questionava interpretações mais dogmáticas dos textos bíblicos, trazendo uma visão distinta do que era considerado “verdade” espiritual na época.
Essas discussões não só moldaram práticas religiosas e crenças ao longo dos séculos, mas também continuam a inspirar estudiosos e religiosos a examinar a tradição bíblica com um olhar renovado, reconhecendo a importância histórica e os debates teológicos que cercam os livros apócrifos e sua posição na história das Escrituras.
Conclusão
Os livros apócrifos desempenham um papel fascinante e complexo na história religiosa e literária. Embora não tenham sido incluídos no cânon bíblico por muitas tradições, esses textos oferecem valiosas perspectivas sobre a espiritualidade, a ética e o pensamento da época em que foram escritos.
A variedade de temas abordados, desde histórias de figuras bíblicas até ensinamentos gnósticos, ilustra a riqueza da tradição literária que se desenvolveu ao redor das narrativas religiosas.
A discussão sobre os apócrifos também levanta questões sobre a autoridade textual e o que constitui a “verdade” religiosa, o que pode variar amplamente entre diferentes grupos e tradições.
Assim, a leitura e o estudo desses livros, embora tratados com cautela, podem enriquecer a compreensão de contextos históricos e teológicos, além de permitir um diálogo mais profundo sobre a fé e a espiritualidade ao longo dos séculos.
Para mais informações sobre os livros apócrifos, você pode consultar as fontes abaixo e ainda, conferir os livros relacionados disponíveis na Amazon.
Fontes Bibliográficas:
Sociedade Bíblica do Brasil
Palavra em Prática – Estudos Bíblicos
Wikipédia – Livros Apócrifos
Imagens: Canva/ Amazon/Divulgação
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