Um lugar bem longe daqui: uma obra-prima que você deve conhecer
Um lugar bem longe daqui, é a indicação desse post. Neste período de quarentena, manter a mente ativa deve, e precisa, ser algo contínuo. E manter a mente ocupada com atividades proveitosas como estudo, e boas leituras, é melhor ainda, não é mesmo?
Um livro Best-Seller. Desde o seu lançamento em 2018 já vendeu, até janeiro deste ano (2020), mais de 4 milhões e meio de exemplares. Um lugar bem longe daqui da autora americana Delia Owens, é uma verdadeira obra-prima: Uma das melhores leituras que você pode fazer na sua vida, claro, se você gosta de ler ficção com muito sentimento envolvido, mistérios estimulantes, e uma dose de “tapa na cara”, daqueles que te fazem refletir até quem é você, neste mundo.
Índice
Sinopse
Título: Um lugar bem longe daqui
Autora: Delia Owens.
Editora no Brasil: Intrínseca
Gênero: Literatura e ficção⠀⠀⠀
“Por anos, boatos sobre Kya Clark, a “menina do brejo”, assombraram Barkley Cove, uma calma cidade costeira da Carolina do Norte. Ela, no entanto, não é o que todos dizem. Sensata e inteligente, Kya sobreviveu por anos sozinha no pântano que chama de lar, tendo as gaivotas como amigas e a areia como professora. Abandonada pela mãe, que não conseguiu suportar o marido abusivo e alcoólatra, e depois pelos irmãos, a menina viveu algum tempo na companhia negligente e por vezes brutais do pai, que acabou também por deixá-la.
Anos depois, quando dois jovens da cidade ficam intrigados com sua beleza selvagem, Kya se permite experimentar uma nova vida — até que o impensável acontece e um deles é encontrado morto.
Ao mesmo tempo uma ode à natureza, um emocionante romance de formação e uma surpreendente história de mistério, Um lugar bem longe daqui relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.”
A emocionante jornada da protagonista
O abandono
Em Um lugar bem longe daqui, Kia Clark, a protagonista, começa a nos envolver com sua história em 1952, onde com apenas 6 anos, foi abandonada pela mãe, depois, pelo resto dos parentes, e a partir de então, acompanhamos sua jornada, desde a infância, até a vida adulta, com todas as explorações, dificuldades e atribulações da época e de sua situação específica.
Kia vivia uma solidão que era apaziguada apenas pelo canto dos pássaros, o chiar que vinha do mato, de tantas espécies que habitavam o brejo juntamente com ela. Seu melhor passatempo era colecionar penas, conchas e tudo que achava interessante do brejo, e da praia. Sua melhor companhia era sua própria imaginação e curiosidade. A esperança que sempre a fazia olhar para uma certa estradinha, a confortava e a agoniava de um tanto, que nós, ao lermos, ficamos com o coração apertado.
O preconceito
Outra coisa que nos comove, é o preconceito que Kia sofre. Nascer, crescer e viver reclusa em um brejo, fez com que o preconceito a atingisse, gerando mais medo em seu coração, a excluindo cada vez mais da sociedade. A abordagem do preconceito sofrido por Kia, mostra a segregação que existia na década de 60 no Sul dos Estados Unidos que inclusive, foi responsável pelo surgimento de periferias, guetos, conhecidos como “cidade dos negros” no país. Em Um lugar bem longe daqui, Kia conta com a ajuda de um negro que vive em uma dessas regiões para conseguir sobreviver.
Salva pela literatura
Tate Walker, o filho de um pescador da região, se aproximou de Kia, a princípio com o intuito de trocarem penas de pássaros. Mas, depois de um tempo, depois de Kia ter deixado sua desconfiança de lado, ele a ensinou pacientemente a ler e escrever. Kia se apaixonou por livros de biologia e poesia, que eram o que Tate conseguia trazer para ela, mas que atendia exatamente ao que ela mais gostava. Mesmo sem frequentar a escola, ler sobre o mundo ao seu redor trazia a ela muita satisfação, e uma visão de mundo além dali.
Romance
Kia e Tate. Dois adolescentes que transformaram uma linda amizade, no mais puro e genuíno amor. Mas a beleza selvagem da menina do brejo, não passa desapercebida por outro jovem da cidade. Kia é linda, inteligente e com muita necessidade de viver, ter uma companhia depois de tanto tempo só. Uma paixão, um amor, o que seja: desde que viva. Chase Andrews foi um alento.
A natureza
Cada detalhe nesta história nos mostra o quanto a autora tem know How sobre o assunto. Em Um lugar bem longe daqui a natureza é um personagem tão forte quanto Kia. Os pássaros, os animais e as paisagens são tão bem descritos que nos transporta para lá, e nos faz vê-los com uma clareza, quase que realista.
Mistério
A morte de Chase Andrews causou na pequena Barkley Cove um rebuliço. Um mistério muito bem contado pela autora, que até a última página do livro, se mostra um suspense envolvente e instigante. Todos desconfiam de Kia, a menina do brejo, mas, você, leitor, se pegará torcendo com unhas e dentes: uma hora para que não tenha sido ela, outra hora para que possa ter sido (mas como poderia ter sido?).
Um lugar bem longe daqui vai virar filme?
A atriz, produtora e empresária Reese Witherspoon indicou o Um lugar bem longe daqui em seu famoso clube de leitura e além disso, adquiriu seus direitos para uma adaptação cinematográfica e irá produzi-lo com a Fox 2000.
Sobre a autora
Delia Owens é cientista e escritora, coautora de três best-sellers que exploram suas jornadas à África. Já ganhou o John Burroughs Award for Nature Writing e teve artigos publicados em diversos periódicos, como Nature, The African Journal of Ecology e International Wildlife. Delia atualmente mora no estado americano de Idaho, onde dá continuidade a seu trabalho de ajuda aos habitantes e à vida natural da Zâmbia.
Aproveite esta oportunidade de conhecer uma obra tão incrível
Um lugar bem longe daqui, é uma leitura emocionante. Lê-lo, é uma daquelas coisas que você deve fazer antes de morrer. E é também uma das coisas mais interessantes que você pode fazer aí, do conforto da sua casa nessa quarentena, então, aproveite!
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